sábado, 29 de novembro de 2008

Cicloviagem: Circuito Vale Europeu


Eu (Aninha), Julio, Ive e Bete, programamos essa viagem por mais ou menos 03 meses, pesquisando em sites, conversando com pessoas que já haviam feito esse circuito, assistimos a palestras, e juntamos todo material possível para que fizéssemos uma viagem tranqüila, mas sem deixar a aventura de lado! Sempre será especial a surpresa que o desconhecido nos proporciona!! rss

Vocês não imaginam como uma viagem como esta nos deixa apreensivos e ansiosos, mas tudo faz parte desse tipo de aventura, principalmente porque nenhum dos quatro havia feito uma cicloviagem ainda, mas não posso deixar de dizer também que tudo isso foi bem divertido!! rss

Tivemos a idéia de fazermos um “diário de bordo”, assim muitas pessoas poderão acompanhar nossas peripécias e quem sabe até poderemos ajudar alguns ciclistas com nossas informações.

Segue então nosso relato dividido por cada dia, e cada um de nós contribuiu para desenvolver esse texto, vou escrever como se tudo fosse escrito por mim, mas não foi, espero então que se divirtam muito com nossas histórias!

07 de novembro

Saímos de São Paulo às 6h30min da manhã no Uno Turbo do Jubis (assim que o chamamos...rss), por volta das 8h30min com 126km rodados, paramos no posto O Fazendeiro, fizemos uma breve parada e seguimos adiante. Passamos pelo Parque Estadual Jacupiranga que é simplesmente maravilhoso. Às 11h20min fizemos outra parada, já havíamos rodado 327km. Detalhe técnico, de São Paulo a Timbó são 640km indo pela Rodovia do Arroz como é conhecida, pois indo pela BR 101 seria 58km a mais.


Chegamos na cidade de Timbó por volta das 16h30min, com fome e um pouco quadrados por ficarmos muito tempo no carro...rss...mas achamos mais prudente ir direto à Associação Vale das Águas fazer nossos passaportes e pegar mais instruções do Sr. Ademir, encarregado do local, o engraçado é que a fome a o cansaço quase nos fizeram esquecer de pegar o passaporte e pagar pelos mesmos...rs. Resolvemos também comer antes de ir para o Hotel, e fizemos um lanche delicioso no restaurante Tapióka, já deixou saudades o lachinho...rs.

Depois de “comidos” fomos para o Timbó Park Hotel, muito charmoso por sinal, tomamos uma bela ducha, terminamos de organizar mais algumas coisas nos alforjes e mochilas e fomos nanar, ninguém é de ferro, e tínhamos um bela jornada pela frente no dia seguinte!


08 de novembro

Ainda bem que a ansiedade não atrapalhou na hora do soninho, pois todos tiveram uma ótima noite de sono. Acordamos ás 6h. O tempo começou encoberto, mas deram-se início os primeiros raios de sol com muito calor.

Nos arrumamos e descemos para o café umas 6h30, aliás um belo café-da-manhã. Nos fartamos e voltamos para o quarto onde pegamos nossas coisas, deixamos outras no Uno, e fomos arrumar as bikes, isso já eram umas 8h, mas quando já estava tudo arrumadinho, em cima das bikes, os alforjes e as mochilas, achamos melhor colocar as capas-de-chuva para os alforjes, caso no caminho chovesse, e qual foi nossa surpresa quando colocamos as capas e elas não entraram, estava muito apertada, mandamos fazer numa costureira, o erro foi meu, pois eu havia testado, mas não havia me tocado que tria que ser um pouco mais largo, teria que ter mais elástico, depois de chateados com a situação, tentamos pensar numa maneira de sair daquela situação, o Julio queria que fôssemos assim mesmo, só que eu fiquei cismada, caso chovesse no meio do caminho a gente iria surtar, e não era isso que queríamos...rs...fui até a recepção e perguntei por alguma loja ali de armarinhos, naquela cidadezinha pequenina, onde muitas lojas ainda estavam fechadas, e pra nossa ultra sorte havia uma quase em frente ao hotel, dei risada de bobeira...rs.

Achamos por bem consertar todas, e foi o mais prudente, terminamos tudo em mais ou menos duas horas, começamos o pedal então às 10h30, para ser mais exata. O dia estava perfeito para quem gosta de pedalar em tempo quente, mas nublado.

O cultivo predominante entre Timbó e Pomerode é a rizicultura (plantação de arroz), e como é lindo, dava vontade de deitar e rolar...rs. Entre essas cidades passamos por outras também, Rio dos Cedros e Cedro Alto, e ainda tem um pequeno distrito “Rio Ada”, muito charmoso, mas se você piscar nem vê de tão pequenino...rs. Uma coisa muito legal de ter percebido, mesmo no primeiro dia, é o cuidado que as pessoas têm com os jardins de suas casas, é uma verdadeira arte, todos muito floridos, cada um enfeitando à sua maneira, um primor mesmo e com um toque muito especial e pessoal de cada morador.

Depois de duas horas de pedal a fome apertou e como estávamos num local pitoresco e ótimo para um piquenique, uma ponte de madeira coberta que foi desativada, colocaram bancos e mesas, um ambiente adorável e com um jardim lindo e um pequeno riacho, tudo isso para que as pessoas possam pescar e fazer seus lanches ali mesmo, e outra ponte de concreto foi construída ao lado, mas uma não tira beleza da outra. Nesse local já havíamos percorrido 21km e ficamos lá uma hora, depois seguimos viagem.

Completados 29km, começou um trecho mais difícil de todo o trajeto, 1km de pura subida íngreme, a Ive e a Betinha subiram direto e sem paradas, mas a lerdinha aqui foi parando...algumas poucas vezes empurrei, ali senti o peso dos alforjes....rs. O Julio acabava me acompanhando, lindo maridinhu...rs. Não tenho vergonha de parar ou empurrar a bike, o importante era completar a subidona. E depois foi só alegria, uma descida maravilhosa pra relaxar, mas sempre nos mantivemos muito atentas, pois com as bikes pesadas todo cuidado é pouco, elas atingem uma grande velocidade, aja freio...rs. Durante a descida o pneu do Julio furou, e paramos pra ajudar ou dar apoio moral...rss. Faltavam apenas 10 km e seguimos viagem, logo entramos na rota das casas enxaimel (estilo europeu), são lindíssimas, parecem que foram pintadas em um quadro, tiramos muitas fotos. As pessoas, no geral, foram muito simpáticas em todo o trajeto e foi muito bom fazer parte desse contexto.
Chegamos em Pomerode e fomos procurar o local para carimbarmos nosso passaporte, o primeiro havia sido no hotel em Timbó, e esse seria o segundo então, mas como no portal da cidade não havia ninguém que pudesse carimbar, seguimos em direção ao hotel Max Pomerode, e pegar o carimbo ali mesmo. Chegamos ao hotel, estávamos loucos por um belo banho, nos estabelecemos e à noite fomos jantar numa pizzaria próxima ao hotel, chama-se “Tarthurel”, um ambiente muito aconchegante e linda arquitetura, sem falar na pizza, divina, mas quem for tem que ir sem pressa, não se esqueçam que estamos no interior...rs... e para finalizar tomamos um belo sorvete numa sorveteria já voltando para o hotel, também muito saboroso. Voltamos para o hotel, ajeitamos algumas coisas, e o primeiro dia estava cumprido, bem cumprido por sinal.
O saldo de aproveitamento do dia foi de 100%, foram rodados 50km em 8h, com paradas pra fotos, descanso e lanche. Para algumas pessoas pode parecer meio devagar ou demorado demais, mas como estávamos de férias aproveitamos ao máximo cada parada, afinal também era o primeiro dia, nossa adrenalina estava a mil...rs.

escrito por Ana Paula

domingo, 23 de novembro de 2008

A mulheres detonando!


Quando eu comecei a pedalar em janeiro de 2005 não havia tantas mulheres no pedal, e sempre que eu ia pedalar em grupo, o número de homens era 3 vezes maior do que das mulheres... Bom, para mim era o máximo, pois nada mais gostoso do que ficar no meio de homens lindos, maravilhosos... ops... voltando... hehehe.

Mas hoje em dia, eu tenho notado que o número de mulheres que pedalam não só tem aumentado, como tem superado ao número de homens.

No meu último pedal em 25/10/2008 (nossa, faz tempo que eu não pedalo...afe!), nós fomos para Jundiaí num total de 9 pessoas, sendo 4 homens e 5 mulheres!

Olha que lindo!

(Atrás: Júlio, Tony, Rafael e Régis. Na frente: Ana Paula, eu, Lucila e Beth. Agachada: Iveni)

Ah! e na volta para São Paulo, dois homens desistiram de voltar pedalando... hohoho.

É isso aí mulherada, vamos mostrar que podemos, e como podemos!

Aliás, uns amigos meus - que estão na foto acima - fizeram recentemente o Circuito Vale Europeu, e adivinha: foram 3 mulheres e apenas 1 homem! (em breve vocês poderão ler o relato deles aqui, eu espero...ui)

Pois é, nós chegamos e vamos ficar!

Beijos a todos

domingo, 16 de novembro de 2008

Ele voltou!




Bom, eu sou suspeita em fazer comentários sobre o Lance Armstrong, pois desde que eu o conheci me tornei fã de carteirinha dele. Não somente por ele ser um homem bonito, mas por ele ser vencedor na vida e no esporte. Ele pode até não ser o melhor ciclista do mundo, mas, para mim, ele é o maior vencedor na vida. Quem conhece a história dele, sabe do que eu estou falando. Aliás, o livro sobre a vida dele é fantástico, com ele aprendi que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e de nossas metas. Leia-o! Valerá muito a pena!

Eu não entendi bem o retorno dele no ciclismo, mas uma coisa eu tenho certeza: mesmo que ele não ganhe o Tour de France, ele vai ficar entre os três primeiros. Afinal, desde que ele se aposentou em 2005 ele nunca deixou de treinar, e até correu a Maratona de Nova York, o que, para mim, é um grande feito. Imagine correr 42 km em 3 horas, sendo que você passou a vida em cima de uma bicicleta? Correr não é a mesma coisa que pedalar, isso passa longe, mas correr ajuda a quem pedala, e vice-versa, isso sim, eu tenho certeza.

Lance está tanto em sua plena forma, que numa corrida de mountain bike de 10 horas em setembro deste ano, ele chegou em segundo lugar, isso por que a especialidade dele é ciclismo de estrada. Vai vendo o que esse homem poderá fazer no ano que vem!

Lance disse que sua volta ao ciclismo é para angariar fundos para sua Fundação e incentivar a luta contra o câncer, pois segundo ele, 8 milhões de pessoas morrerão de câncer, e muitos não tem acesso aos hospitais e remédios apropriados, fora a assistência psicológica que esses pacientes tanto precisam. Se bem que, eu acho que ele quer mesmo mostrar que é capaz de vencer a Volta da França, depois de 2 anos parado. É esperar para ver, afinal, Alberto Contador é o primeiro ciclista a vencer 3 importantes voltas ciclísticas em menos de 2 anos, e ele será o maior adversário de Lance, portanto, as emoções para o ano que vem serão altíssimas!

Enfim, não importa se é para ganhar ou perder, o que importa é ajudar a quem precisa, e todo mundo sabe que o nome Lance Armstrong é muito importante, e mesmo que não faça grandes vitórias no ano que vem, ele, com certeza, deixará mais que confirmado que TUDO É POSSÍVEL, BASTA QUERER E FAZER!

Abraços.