quarta-feira, 9 de abril de 2014

bike na pele: Jaime Leite


Jaime Leite é morador de São Paulo e gosta tanto de bikes que hoje ele é um dos fotógrafos oficiais do Clube dos Amigos da Bike, o CAB. Acessem o site e vejam as fotos que ele faz.
 
Boas pedaladas!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

depressão: amiga ou inimiga?

Muitas pessoas não vão concordar comigo, outras até vão parar para pensar, mas no meu conceito, a depressão não tem cura. Eu vejo a depressão como alguém que está querendo parar de beber. Ele ou ela frequenta os Alcoólicos Anônimos e dizem “só por hoje...” e a luta continua dia após dia.
Ao contrário do que muita gente pensa, uma pessoa pode se viciar em pensamentos, e consequentemente cair em depressão ou alguma doença relacionada aos pensamentos, como síndrome do pânico, por exemplo. Chamamos isso de “vícios emocionais” e por mais que a gente frequente um psiquiatra, tome remédios de tarja preta, se não tomarmos conta dos nossos pensamentos, se não abandonarmos esses “vícios”, podemos ter uma recaída a qualquer momento. O mesmo acontece com um alcóolatra, basta um gole de álcool para a coisa ficar feia.
Por isso digo que depressão não tem cura, mas sim que somos deprimidos em recuperação. E viver com a depressão não é tão ruim assim, apesar de que todos os dias nós matamos um leão, ou qualquer outro ser em nossas mentes. Porque nada está bom, nem aquele céu azul brilhando lá fora.
Eu tenho depressão há anos, e já tomei vários remédios, e basta parar com eles, se os pensamentos estiverem ali, dormindo, basta um “click” e pronto, lá está eu chorando de novo, sem saber o que está acontecendo...
Resolvi parar com os remédios há mais ou menos dois anos, e o tempo todo vigio meus pensamentos, porque é impressionante como a gente inventa coisas em nossas mentes, não é mesmo?
A depressão pode aparecer sob vários aspectos, e pode ocorrer com qualquer pessoa, e o que eu digo sempre é: não é frescura, isso é coisa séria.
E jamais, sob hipótese alguma, fique cobrando uma pessoa com depressão a sair dessa, ao contrário, você pode estar estimulando essa pessoa a cometer algo muito mais sério...  Como se leva tempo para um alcóolatra parar de beber, leva-se tempo para um deprimido ver a vida com outros olhos. Isso mesmo, um deprimido precisa ver a vida por outro prisma, ou... ele morre.
Paciência e amor são as palavras chaves para alguém que convive com um deprimido. Uma hora a coisa vai...
A bicicleta me salvou de cometer suicídio, e hoje vejo qualquer atividade física para me manter em pé. Para outros, pode ser um curso de pintura, ou até mesmo se agarrar em uma religião. Permita que o deprimido escolha qual o caminho para sair dessa, mas não espere que a depressão vá desaparecer como um passe de mágica. A frequência em atividades esportivas ou artísticas é muito importante, e que ela deve ser feita sempre, ou até o momento em que a pessoa achar que deva fazer outra coisa.
Recaídas vão fazer parte, sempre... e permita que os sentimentos venham, chore se achar que é o melhor a fazer. Logo isso passará e amanhã é um novo dia.
Jamais se coloque numa posição de “eu não presto, nada do que eu faço dá certo”, porque Deus não fez ninguém para viver nessa situação. A palavra chave é CONFIANÇA. E siga em frente... aceite a depressão e não tenha vergonha dessa condição, porque ela vai te rondar o tempo todo. Só assim para poder viver bem e em paz consigo mesmo.
Não pense você que eu me livrei da depressão, apenas agora, eu consigo conviver bem com ela... afinal, ela não quer ir embora mesmo, não é? Parei de lutar e hoje, eu  vejo a depressão como aliada, e não como inimiga.
Como dizem os alcóolatras: só por hoje...