quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Para tudo tem um limite!


Pedalar em São Paulo, hoje em dia, é correr risco em qualquer via pública, e em qualquer horário do dia.

Semana passada, quando eu voltava da faculdade, além de enfrentar um trecho da rua totalmente escuro, e me vi numa situação de extrema tensão e risco.

A faculdade não fica mais que 1 km da minha casa, mas aproveito para pedalar já que não posso, ainda, pedalar longas distâncias e por estar um pouco fora de forma (e engordando também... hehehe), quando me deparei com um trecho totalmente escuro, e a joça da minha lanterna não estava funcionando. Naquele momento eu fiquei pensando se eu empurrava a bike ou se continuava pedalando. Se tivesse um buraco por ali, eu iria levar outro tombo, e aí, sei lá quais seriam as consequências, mas resolvi continuar pedalando me baseando nas luzes dos carros que vinham e iam pela rua. Ufa! Saí ilesa...

Alguns segundos depois, já num trecho iluminado, eu ouço um barulho de um carro em alta velocidade, mas não simplesmente um carro em alta velocidade, mas um carro em alta velocidade com motor turbo, percorrendo a mesma rua em que eu pedalava, sendo o limite de velocidade de 40 km/h. Eu só sei que naquele momento eu disse para mim mesma “Ai, Jesus!” quando o carro passou rasgando ao meu lado. Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de parar a bicicleta, mas confesso que surgiu uma cena terrível em minha mente: Se o motorista deste turbo perdesse o controle e me atropelasse como ocorreu com o rapaz Vitor Gurman? E detalhe: quando consegui me acalmar do susto, do outro lado da rua, estava ocorrendo uma festinha de criança num dos buffets que têm nesta rua. E se o motorista do turbo perdesse o controle e batesse nesse buffet?

Aliás, isso tudo às 22h30.

Agora me pergunto: o que faz um babaca desses dirigir um carro turbinado em alta velocidade numa via residencial com o limite de velocidade de 40 km/h?

PQP... se gosta de velocidade, vai pilotar seu carrinho lá no autódromo de Interlagos! Não coloque vidas de outras pessoas em risco. Se você não dá valor para tua vida, o problema é teu! Mas por favor, me deixe fora dessa!

Motorista, de turbo ou não, lembre-se que você também é pedestre. Se você respeita os outros, você respeita a si mesmo!

Nós todos agradecemos!


Por essas razões que eu sou a favor de ter ciclorrota na cidade inteira, afinal de contas, ciclista deve pedalar na rua e não na calçada, não é mesmo?

Boas pedaladas!

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