terça-feira, 27 de março de 2012

A distância que aproxima

Já tem algum tempo que eu venho escrevendo sobre como pedalar no trânsito aqui neste blog,  e já postei aqui sobre algumas leis para os ciclistas poderem pedalar em segurança seja em que trânsito for.

Mas hoje, o recado é para os motoristas, seja ele de carro, ônibus, caminhão ou moto. O artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que qualquer motorista ao passar do lado ou ao ultrapassar um ciclista deve manter uma distância de 1,5m dele (do ciclista), mas isso infelizmente não acontece com tanta frequência e a CET não faz sua parte aplicando multas para esses infratores.

A galera do Cicloliga fez um vídeo explicando como funciona esse artigo, e como o assunto principal deste blog é a segurança do ciclista no trânsito, eu estou postando aqui o vídeo para que você motorista, ou ciclista, possa entender melhor como esse 1,5m deve ser respeitado.



Quero agradecer ao pessoal do Cicloliga por poder compartilhar este vídeo aqui também.

Atenção motorista, nós também fazemos parte do trânsito!

Boas pedaladas!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Nenhuma barreira para os ciclistas.

Na Holanda, em Utrecht, uma solução simples para facilitar o cruzamento de bicicletas e carros numa grande rodovia da região. Seria ótimo se tivéssemos algo "parecido" por aqui, não acham?

Bom, mesmo assim, nós teríamos que mudar os nossos hábitos e saber respeitar, veículos, bicicletas e pedestres. Aqui perto de cassa pintaram mais duas novas faixas de pedestres, e agora te pergunto: algum motorista pára para que possamos atravessar a rua na faixa? Não! Por isso devemos conscientizar que todos nós fazemos parte do trânsito, e que devemos respeitar uns aos outros.



Boas pedaladas!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Aconteceu de novo!

Mais um ciclista é atropelado. Isso pode até ser mais uma notícia ruim se o atropelador não fosse nada menos que o filho do homem mais rico do Brasil, Eike Batista.

Thor Batista, filho do bilionário, atropelou e matou nesse último sábado, 17 de março, o trabalhador Wanderson Pereira dos Santos, que  trafegava com sua magrela pelo acostamento numa rodovia.

Thor pode até ter socorrido a vítima e ido prestar contas na delegacia, mas aí paira a pergunta: o que acontecerá com ele, Thor, e com a família da vítima?

Talvez, a resposta que mais estamos acostumados a ouvir seja: nada!

Mas até quando vamos aguentar esse "nada" em nossas vidas?

Quando as pessoas vão parar de achar que são os "patetas do trânsito", usando o veículo como uma arma mirando os pedestres e ciclistas como se fossem alvos para serem atingidos?

Triste é saber que o país da impunidade o que impera é o descaso!

Até quando?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pedalando na contramão das leis...

Terça-feira passada eu estava conversando com uma de minhas alunas, e ela me disse que sempre achou que era correto o ciclista pedalar na contramão. Aproveitei a ocasião e dei uma boa aula para ela, e que não custa nada repetir esse assunto por aqui.

1) A bicicleta é considerada um veículo movido a propulsão humana, e pelo fato de ser veículo, ele deve respeitar as leis de trânsito, ou seja, trafegar na mão do carros, motos, ônibus e caminhões, nunca pela contramão.

2) Agora imagine a cena: você está dirigindo seu carro tranquilamente e no seu trajeto você precisa fazer uma conversão à direita (ou à esquerda, não importa), você, por acaso, está imaginando que nesse momento outro veículo está vindo na contramão? É claro que não! Numa situação como essa, o motorista não tem reflexo suficiente para não atropelar o ciclista, e o ciclista não tem reflexo suficiente para se desviar do carro. Já pensou no estrago que isso pode causar? E detalhe: nessa ocasião quem está errado é o ciclista, portanto, se o motorista quiser pedir o ressarcimento de todos os prejuízos ao ciclista, ele poderá fazê-lo sem o contestamento do ciclista que estava pedalando de forma incorreta.

3) O impacto entre os dois veículos, carro e bicicleta, é somado numa situação como essa, ou seja, se o carro estiver a 40km/h e a bicicleta a 20km/h, o impacto dos dois será de 60km/h. Quem é que vai se machucar mais com isso? O ciclista, óbvio.

Portanto, ciclistas novatos ou não, pedalem sempre na mão correta do trânsito, evitem as calçadas e usem sempre o capacete.

Quem está colocando a sua vida em risco no trânsito, é você mesmo!

Boas pedaladas!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pedal para comemorar o meu dia...(risos)

Olha a minha cara de felicidade
Ontem eu fui pedalar com o pessoal do CAB. Bom, pedalar com eles não é novidade para ninguém, mas é que ontem foi o meu primeiro pedal de 2012 com eles, entendem? (risos)

Fizemos o pedal para celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, e pela primeira vez, ontem teve pouquíssimas pessoas no pedal, mas mesmo assim foi muito agradável como em qualquer pedal que o pessoal do CAB faz.

Saímos do ponto de encontro na Leopoldina  às 9h e demos rumos ao Parque Villa Lobos. Eu só sei que enquanto pedalávamos pela ciclovia do parque eu passei o maior susto. Um rapaz de seus 14 anos aproximadamente, simplesmente resolveu freiar na minha frente, e por um triz eu não vou de encontro com ele, podendo cair da bicicleta de novo. Eu só sei que no desespero eu disse pra ele: "você nunca mais faz isso, ok?" e dei continuidade ao pedal.

Do parque fomos até a ciclovia do Rio Pinheiros pegando o trecho novo na Cidade Universitária até a estação Vila Olímpia. Nesse momento foi o momento do trânsito e da fila que tivemos que enfrentar para sairmos da ciclovia, de tantos ciclistas querendo fazer o mesmo. Pode?

Seguimos rumo à Leopoldina novamente pela Avenida Faria Lima, Pedroso de Morais, sentido marginal Pinheiros. Nessa hora eu dei um gás com a bike numa subida que até agora estou sentindo dores em minhas coxas...hehehehe. Mas fiquei feliz em ver que eu enfrentei a marginal de novo! Uhu!

No final do pedal o pessoal do CAB fez sorteio de brindes e eu não ganhei nada... hohoho. Mas ganhei o dia! Uia!

Boas pedaladas!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres que pedalam...

Sexo frágil

Mulheres pelas ruas Avantes...
Indo, vindo
Aptas a qualquer momento
Para qualquer movimento
Mães
Mulheres
Fortes
Ousadas
Preparadas
Risos
Lagrimas
Comuns, no entanto
De salto alto no mundo
Que é uma bola
Gira
À vontade
De ser quem quiser ser
Vencer é pouco
Pra quem quer viver
Mulher forte mulher
Quem foi mesmo que disse que mulher é o sexo frágil
Não conviver de perto com uma.

autora: Ibeane Campos Moreira

Esta é a minha homenagem a todas mulheres que pedalam, ou não... (risos)

Boas pedaladas!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Leis? Para que elas servem mesmo?


Após o atropelamento de três ciclistas na última sexta-feira, pela primeira vez em anos, eu sou a favor de qualquer Bicicletada que houver neste país ou no mundo afora.

Não adianta mais ser educado, fazer a coisa direito, porque mesmo na base da pressão as coisas não estão mudando, e não sei se estou sendo pessimista, mas não vejo muitas mudanças num futuro mais próximo.

Ontem enquanto eu caminhava para ir dar aula fiquei pensando no dia que eu estava voltando da faculdade, com a minha bike, quando um carro passou por mim em alta velocidade me deixando completamente assustada. Não por que eu estava pedalando, mas porque ali é uma via de velocidade máxima de 40km/h e o motorista devia estar a 100km/h.

O medo foi tão grande que eu já fiquei imaginando o carro perdendo o controle e atingindo um dos buffets infantis que tem nesta rua. Eu até parei de pedalar porque eu fiquei horrorizada com a imagem que eu criei em minha mente.

Paranóia minha? Pode até ser. Mas que isso era possível de acontecer, isso era sim.

Agora eu penso: para que servem as leis se a maioria das pessoas não as obedece?

Será que não seria um tempo e desgaste perdido à toa?

- Ah, Tânia, mas não tinha ninguém ali para multá-lo ou reprimi-lo do ocorrido.

Ah, então as coisas funcionam assim? Ninguém está olhando, então eu vou fazer porque acho mais fácil?

Eu sou professora há três anos, e eu também tenho umas regras a seguir, porque eu sou a primeira pessoa a dar o exemplo para os meus alunos. Corrijo as lições dentro do prazo, nunca chego atrasada, nunca dou aula de mau humor, incentivo meus alunos, afinal de contas, se eu fizer o inverso disso tudo, meus alunos não vão mais me respeitar e, pior, farão o mesmo que eu faço e ainda pior. E olha, que hoje a educação deste país está indo de mal a pior.

Agora imagine como fica o trânsito quando todos não resolver fazer o que as leis de trânsito pedem. E não falo só de motoristas, não. Eu falo também de ciclistas.

Alguns ciclistas desconhecem as leis, mas outros fazem o mesmo que o motorista fez naquele dia, vão à surdina porque não tem ninguém olhando.

Então vamos fazer mais bicicletadas, passeatas e manifestações. Vamos ensinar os outros ciclistas a respeitar as leis de trânsito e vamos mostrar aos motoristas e pedestres que nós fazemos parte do trânsito, que a bicicleta é um veículo e tanto pode como deve pedalar nas ruas, e não nas calçadas ou em parques.

Mas ao mesmo tempo, vamos mostrar para os motoristas e pedestres que as leis estão ai, que elas existem, e que precisam ser respeitadas.

Todos nós fazemos parte do trânsito: eu, sua mãe, seu filho, sua família!

E qualquer um está sujeito a morrer o trânsito. Por isso, pedalar não é perigoso, perigoso é fazer as coisas erradas porque os outros não estão vendo.

Não coloque a sua vida, e principalmente, a vida dos outros em risco.

Respeitem-se. Respeitem a vida.

“Educar é preciso. Mas punir aqueles que não nos respeitam, também!” – Renata Falzoni.

Boas pedaladas.

terça-feira, 6 de março de 2012

O preconceito está na mente das pessoas.


Toda vez que eu falo para alguém que eu pedalo pela São Paulo eu sempre ouço a mesma coisa: “nossa, não é perigoso, não?”, “não sei como você tem coragem!”, “você não tem medo, não?”

Eu não consigo entender como alguém pode pensar que andar de bicicleta é perigoso, aliás, o que não é perigoso no trânsito de São Paulo?

Até para caminhar pela cidade é perigoso, afinal, as pessoas não utilizam a faixa de pedestres e nem a passarela, e ainda vem me dizer que pedalar em São Paulo é perigoso?

Se avaliarmos friamente, perigoso mesmo é viver. Quantas vezes você viu uma notícia na TV que um caminhão, carro ou ônibus perdeu o controle e invadiu uma residência matando as pessoas que lá dentro estavam? Ou seja, não estamos seguros nem dentro de casa!

Acho que tudo isso não passa de pessoas mal informadas, ou até mesmo preconceituosas, porque já ouvi gente falar que todo ciclista é folgado.

Alguns ciclistas são mal informados, mas não folgado. Muitos nem conhecem as leis de trânsito que nos favorecem, outros conhecem, mas mesmo assim resolvem burlar a lei, o que dá a ideia, para quem não pedala, que nós somos folgados. Infelizmente esse tipo de coisa acontece, e não é à toa que eu criei este blog. Foi para alertar os ciclistas de nossos deveres e obrigações para com o trânsito de nossas cidades, e ajudar, quem não pedala, a entender o nosso mundo, como cidadãos.

Mas veja bem, nem todo ciclista é assim, da mesma forma que nem todo motorista é assassino!

O que as pessoas não entendem que é muito mais fácil falar sobre aquilo que vê, do que realmente se informar do que se trata. Eu jamais vou falar que jogar tênis é um esporte ruim, porque eu nunca joguei tênis na minha vida. Nem posso opinar sobre os benefícios do esporte, porque eu não faço ideia de como são.

É a mesma coisa quando alguém diz que odeia jaca sendo que nunca comeu jaca. Não é estranho isso?

Pedalar é perigoso? Perigosa é a sua mente vazia de informação, que fala o que vê e não o que sabe.

Nós, ciclistas, só queremos que todos (pedestres, motoristas e motociclistas) saibam que nós somos parte do trânsito, e que uma bicicleta é considerada veículo, e mais ainda, que pedalar não é perigoso, e até faz muito bem para o corpo e a mente da pessoa.

Nós não somos preconceituosos, porque pedalar é para todas as idades, sexos, cores, o que for...

Pedalar é viver!

Pense nisto!

Boas pedaladas.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Impunidade: até quando?

Ontem eu estava conversando com um amigo meu sobre o que iremos fazer no próximo final de semana, e eu disse que iria pedalar para comemorar o Dia Internacional da Mulher, e ele disse:

- Não vai pedalar na Avenida Paulista, hein?
- Não se preocupe, eu vou pedalar com o pessoal do CAB? – retruquei.
- Acho bom, porque ali não é lugar pra pedalar.

Ao me deparar com o comentário dele, eu fiquei um pouco surpresa, porque ele não é o tipo de cara que vê problemas para pedalar seja o lugar que for.

Retruquei:

- Eu sempre pedalei na Avenida Paulista e nunca tive problemas. Eu acho a Avenida Rebouças muito pior.
- A outra ainda quis discutir no meio da avenida, por isso acabou sendo atropelada.

Eu acho que nada justifica a morte de Juliana Dias. Foi uma fatalidade e poderia ter acontecido com qualquer pessoa em qualquer lugar, como aconteceu, no mesmo dia, mais duas mortes no país.

Perder o equilíbrio da bicicleta é algo que também pode acontecer com qualquer um, como aconteceu comigo em abril de 2011, mas eu não estava numa avenida movimentada, eu estava no minhocão, num domingo, onde é fechado para o público patinar, passear, empinar pipa etc, ou seja, não tinha carro algum por lá, mas se tivesse, com certeza o mesmo teria acontecido comigo, teria sido morta por um carro que viria logo atrás de mim. Entendeu?

Quantas pessoas não perdem o equilíbrio quando estão pedalando? Afinal, as ruas de nossa cidade, São Paulo, têm mais buracos que uma meia arrastão. Se não prestar atenção, pode ir para o chão.

Talvez ele não tenha sido muito feliz em seu comentário. Ele é uma boa pessoa, mas para ele, pedalar na Avenida Paulista é muito perigoso.

Sinceramente? Onde é o melhor lugar para se pedalar quando não podemos usar uma ciclovia? Eu acho que nenhum lugar, não é mesmo? Se eu pensar que lugar Y é perigoso e que lugar X também é, eu não vou mais sair de casa, afinal, qualquer lugar é perigoso para pedalar, para caminhar e até mesmo para dirigir.

O que temos que fazer é continuar pedalando, mostrar para as pessoas, principalmente aos motoristas, que nós, ciclistas, fazemos parte do trânsito de qualquer cidade do mundo, e que estamos no Código Brasileiro de Trânsito.

Nós não queremos brigar com ninguém, nós queremos o nosso direito de compartilhar a pista com segurança, afinal qualquer vida ali está correndo risco: seu filho, seu pai, sua avó...

Pedimos mais paz no trânsito e amor entre as pessoas.

Lugar perigoso ou não para pedalar, não existe!

Boas pedaladas!

domingo, 4 de março de 2012

Estamos de luto, de novo.


Na última sexta, quando publiquei mais um capítulo da série “Como pedalar no trânsito?”, alguns minutos depois eu seria surpreendia por uma notícia que iria de encontro com o post desse dia: mais uma ciclista foi atropelada por um ônibus na Avenida Paulista em São Paulo.

Já tem alguns anos que eu escrevo aqui para ajudar ciclistas iniciantes, ou até mesmo, os experientes, de como pedalar no trânsito em segurança, a fim de evitarmos acidentes e mortes, e infelizmente, tivemos uma fatalidade que nos fez relembrar a morte de Márcia do Prado em 2009. Por coincidência ou não, também ocorrida no começo de um ano.

E não foi somente o caso de Juliana Dias, a ciclista morta na Avenida Paulista, mas no mesmo dia, tivemos mais dois casos de ciclistas atropelados por veículos de grande porte, como ônibus e carreta.

Essas coisas nos entristecem muito, mas não temos muito que fazer, porque essas vidas já se foram, e não irão mais pedalar conosco, mas acho que se cada um fizer a sua parte, podemos mudar alguma coisa por aqui.

Se cada um de nós enviar um e-mail reclamando de nossas condições em São Paulo, podemos ter algum resultado, afinal o mesmo foi feito com o pessoal do metrô de São Paulo quando reclamamos sobre o uso das escadarias e conseguimos, após muitas reclamações, a usar as escadas rolantes para subir com a nossa magrela.


Ou se preferir, escreva para:

Secretaria de Estado dos Transportes
Aos cuidados da Ouvidoria
Rua Iaiá 126, 12ºandar, São Paulo - SP
CEP 04542-906

Muitas coisas continuam acontecendo em nosso país, porque não fazemos nada a respeito, ficamos assistindo passivamente nossos políticos fazerem o que querem conosco. Mas está na hora disso mudar. Ajude-nos a ter mais ciclovias, mais ciclofaixas e mais ciclorrotas.

Se você não é de São Paulo, faça o mesmo procurando a Secretaria de Transportes de sua cidade.

Não vamos mais deixar que acidentes como este com a Juliana Dias se repita e ainda fique impune.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Como pedalar no trânsito?: acidentes cometidos por motoristas (9)



Este tipo de problema acontece somente em montanhas ou numa curva de uma estrada estreita de duas mãos. O motorista pode ver o ciclista e ele se move para esquerda a fim de ultrapassar o ciclista, mas ele não consegue ver o outro veículo se aproximando, podendo causar um acidente, e atingir também o ciclista.

Em montanhas ou em curvas use sempre os sinais com a mãos para dizer aos motoristas quando é possível ultrapassar em segurança, mas somente faça isso quando você puder ver o outro veículo claramente. Se o outro veículo está se aproximando faça o sinal para parar com sua mão ou balance o braço para avisar o motorista que está atrás de você ter mais atenção. Caso o motorista não atenda ao seu sinal, pare a bike ou saia da estrada, e espere o carro ultrapassar, se necessário.

Boas pedaladas.