Eu tenho mesmo que tirar o chapéu quando o assunto é ciclovia na Holanda. Os caras foram capazes de pensar numa alternativa muito bacana para que os carros pudessem estacionar, sem atrapalhar o tráfego de bikes na ciclovia. Afinal de contas, quase em todas as ruas temos casas e empresas, não? E como estacionar sem atrapalhar o tráfego? Os Holandeses encontraram a solução.
Desta forma o veículo motorizado pode trafegar na ciclovia via em velocinada reduzida, estacionar seu veículo à esquerda, e não atrapalhar quem está pedalando na ciclovia. Não é o máximo?
Se você souber inglês, clique aqui para ler mais a respeito.
Não posso falar muito sobre a Holanda, pois nunca visitei
este país, mas acredito que o não uso do capacete está relacionado o número de
bicicletas que circulam no país, e por ser um país relativamente plano, os
riscos de levar um tombo de bike é quase zero.
Já quem mora em
São Paulo, que enfrenta o trânsito caótico da cidade, ruas
esburacadas e muitas subidas e descidas, o não uso do capacete pode ser fatal.
Eu fico pensando se um tombo besta que levei ano passado
quebrou meu braço a ponto de ter fratura exposta, eu fico imaginando o que
teria acontecido com a minha cabeça se eu não estivesse usando o capacete.
Uma pancada na cabeça, mesmo que seja pequena, pode trazer
sérios problemas num futuro próximo ou distante.
Uma vez, há muito tempo atrás quando eu nem pensava em
pedalar, saí do banho e comecei balançar a cabeça a fim de tirar o excesso de
água do cabelo, quando eu acertei a minha testa na pia do banheiro. Lembro-me
que, fora a dor da pancada, a minha visão sumiu, e fiquei por alguns segundos
sem enxergar nada. Agora imagine você em alta velocidade, numa descida, leva
aquele “tombasso” e está sem capacete? Será que vai ficar apenas alguns
segundos sem enxergar nada?
Quando eu tinha 12 anos eu sofri um acidente de carro quando
eu e minha mãe e mais a minha irmã do meio voltávamos de Gramado, no Rio Grande
do Sul. Eu estava dormindo no banco de trás do carro, quando de repente acordei
com pessoas me socorrendo. No acidente eu levei uma pancada forte na nuca que
me fez ficar deitada numa cama por sete dias. Para eu poder tomar banho, a
minha irmã tinha que me ajudar a ficar de pé, porque eu mal conseguia andar. O
médico, na época, me disse que se a pancada tivesse sido um pouco mais forte,
eu não estaria mais andando.
Se “pancadinhas” como estas eu quase corri o risco de ficar
cega ou paralítica, o que seria levar um tombo sem capacete?
Será que usar o capacete é ridículo? Você ainda vai pensar
assim?
Obrigatório ou não, o uso do capacete é para te manter vivo
ou sem sequelas.
Já o pessoal da Holanda não pensa muito nesta questão,
afinal, a ignorância não é só brasileira, é mundial, não é mesmo?
Este aqui é o André Assi, ou Dedé Assi, como prefere ser chamado. Dedé é arquiteto e nas horas vagas ele pedala, mas quando ele tem um pouco mais de tempo sobrando, ele faz arte com peças velhas ou usadas de bicicletas.
Acesse o site BioCicleta e veja e saiba um pouco mais de rapaz que além de fazer arte, pensa no meio ambiente, afinal, reaproveitar as peças de uma bicicleta que não terá mais uso algum, também é uma forma de reciclagem.
Ah... como deve ser bom viver na Holanda. As pessoas, para comemorar o aniversário da rainha deles, vestem laranja durante o dia de 30 de abril, mas não é apenas vestir laranja, é pedalar laranja. Isso que eu chamo de povo de bem com a vida e com o país em que vive.
Hoje, depois de 3 meses parada, voltei a pedalar e aproveitei para conhecer o novo trecho da ciclovia do Rio Pinheiros que vai da ponte Cidade Universitária até o parque Villa Lobos. Infelizmente o acesso ao parque ainda não está pronto, mas o resto está tudo muito bom. Pista boa, banheiros, bebedouros, paraciclos e segurança. São cerca de 2,5km de extensão. Agora vai dar um bom treino para nós aos finais de semana, pois ao todo são um pouco mais de 20km de extensão, e mais uma opção aos ciclistas que usam a bike como meio de transporte durante a semana. A úncia coisa chata é o acesso na ponte Cidade Universitária, pois a passarela de acesso é enorme, são cerca de 12 rampas só para chegar até a ciclovia. Mas tudo bem, melhor serem essas rampas, do que as escadarias na estação Vila Olímpia, não é mesmo?
Nada contra quem pedala de chinelo, mas hoje cedo eu vi um cara pedalando embaixo de chuva, todo agasalhado, mas de chinelo. Quase tive um treco. Com esse frio todo e manter os pés expostos assim me dá até arrepio... se meus pés não esquentam, meu corpo também não esquenta. Que coragem desse rapaz... hehehehe.