Não posso falar muito sobre a Holanda, pois nunca visitei
este país, mas acredito que o não uso do capacete está relacionado o número de
bicicletas que circulam no país, e por ser um país relativamente plano, os
riscos de levar um tombo de bike é quase zero.
Já quem mora em
São Paulo, que enfrenta o trânsito caótico da cidade, ruas
esburacadas e muitas subidas e descidas, o não uso do capacete pode ser fatal.
Eu fico pensando se um tombo besta que levei ano passado
quebrou meu braço a ponto de ter fratura exposta, eu fico imaginando o que
teria acontecido com a minha cabeça se eu não estivesse usando o capacete.
Uma pancada na cabeça, mesmo que seja pequena, pode trazer
sérios problemas num futuro próximo ou distante.
Uma vez, há muito tempo atrás quando eu nem pensava em
pedalar, saí do banho e comecei balançar a cabeça a fim de tirar o excesso de
água do cabelo, quando eu acertei a minha testa na pia do banheiro. Lembro-me
que, fora a dor da pancada, a minha visão sumiu, e fiquei por alguns segundos
sem enxergar nada. Agora imagine você em alta velocidade, numa descida, leva
aquele “tombasso” e está sem capacete? Será que vai ficar apenas alguns
segundos sem enxergar nada?
Quando eu tinha 12 anos eu sofri um acidente de carro quando
eu e minha mãe e mais a minha irmã do meio voltávamos de Gramado, no Rio Grande
do Sul. Eu estava dormindo no banco de trás do carro, quando de repente acordei
com pessoas me socorrendo. No acidente eu levei uma pancada forte na nuca que
me fez ficar deitada numa cama por sete dias. Para eu poder tomar banho, a
minha irmã tinha que me ajudar a ficar de pé, porque eu mal conseguia andar. O
médico, na época, me disse que se a pancada tivesse sido um pouco mais forte,
eu não estaria mais andando.
Se “pancadinhas” como estas eu quase corri o risco de ficar
cega ou paralítica, o que seria levar um tombo sem capacete?
Será que usar o capacete é ridículo? Você ainda vai pensar
assim?
Obrigatório ou não, o uso do capacete é para te manter vivo
ou sem sequelas.
Já o pessoal da Holanda não pensa muito nesta questão,
afinal, a ignorância não é só brasileira, é mundial, não é mesmo?
Boas pedaladas!
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