Um estudante de psicologia, que aparentemente deveria cuidar do bem estar das outras pessoas, não pensou em seu diploma, na sua vida, e menos ainda na vida de outra pessoa. Ele atropela e arranca o braço de um ciclista, e ainda não contente, foge e joga o braço do rapaz atropelado em um córrego.
Quanto vale uma vida hoje em dia? Eu começo a acreditar que não vale absolutamente nada. As pessoas brigam por bobagens e matam por bobagens, como se o outro fosse um brinquedo que você não quer mais usar, destrói e joga fora.
As pessoas perderam totalmente a noção de como viver em sociedade, e mais ainda, perderam o amor ao próximo, porque ele, o que atropelou, deveria chamar uma ambulância e ajudar a salvar, pelo menos, o braço do rapaz. Mas escolheu fugir, como se isso fosse normal... aliás, neste país essas atrocidades são absolutamente normais e por isso vivemos numa guerra todos os dias. Quem é que se lembra do caso daquele cara em Porto Alegre que atropelou vários ciclistas que estavam numa manifestação, machucando 9 deles? E do caso do Thor Batista, que atropela e mata um pai de família, só porque ele, o ciclista, estava trafegando no acostamento de uma rodovia? E os casos de Márcia Prado e Juliana Dias, atropeladas e mortas na avenida paulista? As pessoas fazem essas atrocidades e não pensam que essas pessoas mortas ou amputadas tem família e emprego. Não é muito de admirar que algo num país onde se valorizam futebol, cachaça e samba, aconteça algo tão hediondo e simplesmente não acontece nada depois... tudo fica apenas na memória das pessoas para mais tarde fofocarmos no ônibus, no metrô, no escritório e acontecer tudo de novo, e novamente virar assunto de botequim entre amigos e desconhecidos.
Mas não perdi as esperanças de que algum dia iremos ver esses crimes de trânsito não ficarem mais impunes, afinal, não há bem que seja eterno e nem mal que dure para sempre.
Saiba mais sobre o acidente clicando aqui.
Boas pedaladas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário