domingo, 18 de setembro de 2011

CET ou ajuda divina?

Toda vez que pretendo pedalar, antes de sair de casa, eu faço um Pai Nosso e peço ajuda ao meu mentor espiritual e aos outros seres celestiais, e hoje isso não foi diferente.

Acho que todos os sinais foram dados, mas eu fui teimosa e quis seguir em frente e pedalar sozinha, pela primeira vez, depois da minha lamentável queda de bike.

Eu sou reikiana, e algo me dizia para eu aplicar reiki em minha bike antes de eu sair de casa, mas não quis dar ouvidos, e saí assim mesmo. Alguns metros de casa, percebi que o câmbio traseiro não estava bem regulado, nem esquentei. Mais alguns metros, a corrente travou e por um triz eu não levo outro tombo. Dei uma olhadinha rápida, e vi que não tinha nada de errado, e segui em frente. Já perto da ciclofaixa, percebi novamente que o câmbio não estava legal e pensei: "quando eu chegar no Parque das Bicicletas, eu vou pedir para o mecânico dar uma olhadinha e regular o câmbio pra mim.", e segui em frente. Quando eu estava no cruzamento da Av. do Jóquei com a Av. Cidade Jardim, eu fui dar impulso com a bike para iniciar a pedalada, eu torci o pé, achando que o pedal esquerdo havia quebrado, quando um dos rapazes, que fica na ciclofaixa sinalizando para as pessoas, veio me dizer que a corrente havia arrebentado. Coloquei a bike em cima da calçada para não atrapalhar os outros ciclistas, quando apareceu uma alma divina, chamada Silvio e me ajudou a arrumar a minha corrente. Preciso urgente fazer um curso de mecânica de bike, porque eu só sei trocar a câmara de ar.

Só que eu estava com muita dor no meu pé esquerdo, e resolvi sentar na calçada e tirar o tênis para o ver como meu pé estava. Nada inchado e nem roxo.

Coloquei o tênis de volta, quando o rapaz que estava consertando a minha corrente disse para eu não continuar pedalando, já que eu estava com muita dor. Nessa hora, tinha um corredor utilizando a ciclofaixa (acho que eles não sabem ler sinais), parou para me perguntar as horas, e aproveitei a ocasião para dizer que ali não era lugar para correr, e adivinhem? Ouvi milhões de palavrões. Isso porque eu fui educada, imagine se eu não tivesse sido.

Em questão de segundos, dois homens da CET vieram até mim e me perguntaram se estava tudo bem, e eu disse que sim, quando um deles me perguntou:

- A senhora está indo para aonde?
- Na verdade, eu estava indo para o Parque das Bicicletas, mas eu vou voltar pra casa (já tirando o celular do bolso para ligar para minha mãe me ajudar...)
- Onde você mora? - perguntou o homem da CET.
- Moro aqui perto, no Butantã.
- Não se preocupe, eu te levo. - disse o outro.

Colocaram a minha bike no carro e o Douglas, me trouxe até em casa. Quem diria que um dia na minha vida eu teria ajuda do pessoal da CET. E detalhe, o Douglas também pedala. Não é bacana?

Esta foi a primeira vez, depois de um pouco mais de 4 meses, que eu voltei a pedalar com a mesma bicicleta que eu levei o memorável tombo.

Acho que preciso de um exorcista, um padre, uma benzedeira, uma mãe de santo, ou seja lá o que for, para benzer essa bike, porque outro tombo eu não quero levar não, e eu muito menos tenho dinheiro para trocar de bicicleta. Mas também preciso para mim, porque xô azar, né não?

Se alguém souber disso, me escreva: pedeve@ovi.com

Agora eu estou com o pé esquerdo bem dolorido, mas já passei uma pomada e estou usando um protetor. Nem pensar em ir ao pronto socorro. Amanhã é dia de eu ver como está meu braço, e não posso perder essa consulta de jeito nenhum.

De qualquer forma, eu tenho bom anjo da guarda, não? Agradeço a Deus por não ter acontecido coisa pior, e ao Silvio e ao Douglas, por terem me ajudado. Que Deus os iluminem.

Mas lá vou eu ficar mais um tempo sem pedalar... nhá.

Cuidado, e boas pedaladas!

Um comentário:

nuno medon disse...

olá! as melhoras para si. Ainda bem que alguém a ajudou, com a bicicleta. Nem toda a gente pára para ajudar, hoje em dia. E digo isto, porque há uns anos dei uma pequena queda num passeio e uma senhora, que ia a passar na altura, não parou para me perguntar como é que eu estava. Mas não me magoei na altura e ainda bem. beijos