segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Linda, light e boa...

não, não é comida e nem bebida, é a Trilha das Bananas em Miracatu!


Quando a galera se junta para pedalar, faça chuva, garoa, sol, ventania... ela está lá curtindo a natureza e o passeio, que em Miracatu não foi diferente.


Miracatu é uma cidade que eu conheci apenas de passagem. Quando meu pai morava em Juquiá, eu e minha mãe, quando íamos visitá-lo, passávamos pela cidade, afinal, Juquiá fica a alguns minutos de Miracatu. Esta é uma cidade do interior do estado de São Paulo, mas muito perto do Vale do Paraíba, região que vem crescendo economicamente já algum tempo; cidade próxima de Ilha Comprida e alguns minutos de Registro. E eu fiquei muito feliz por poder conhecê-la melhor, e melhor ainda, de bicicleta!
Chegamos à cidade uma hora depois do previsto, e como o hotel fica muito próximo da Rodovia Régis Bittencourt, o pessoal achou que era brincadeira do Sérgio, e ninguém teve coragem de dar o primeiro passo para sair do ônibus, ou será que era empolgação para ver o final do filme “Reis da Rua”? (risos)
Cada um já nos seus respectivos quartos e devidamente ajeitados, saímos do hotel para guardarmos as nossas magrelinhas. Imaginem uma garagem de hotel com capacidade para uns 20 carros cheia de bicicletas? Foi assim que ficou a garagem do hotel em que ficamos hospedados, com bikes para todos os lados, e gostos... e nenhum carro estacionado lá dentro. (risos)
Depois fomos explorar, a pé mesmo, a cidade, que apesar de pequena, não é tão pequena assim. Encontramos museu, supermercados, fórum, câmara municipal e até um escritório da OAB! Mas o tão desejado shopping que o pessoal queria, não tinha... ui!
Não satisfeitos, resolvemos pegar as bikes para darmos aquele rolê básico pela cidade, e olha que naquele momento começou uma garoa chatinha, mas nem assim desanimou o pessoal. Fizemos uma exploração da cidade por mais ou menos 5 km, eu acho. E quando chegamos ao hotel, alguns poucos resolveram continuar o pedal e os demais, incluindo eu, fomos tomar um banho e nos preparar para a janta.
Enquanto o resto não chegava do seu passeio turístico de bike, nós ficamos no saguão do hotel conversando, bebendo vinho, cachaça ou cerveja, jogando dominó e contando as peripécias em outras viagens de bicicleta.
Resolvemos ir para uma pizzaria, e naquele momento a chuva realmente apertou. Todos correram para buscar suas capas de chuva ou pelos seus guarda-chuvas. Como a pizzaria não está acostumada a tanto movimento, o gerente do hotel resolveu ligar para eles antes avisando que uma galera grande iria comer por lá, e para eles irem preparando as massas e os recheios.
Chegamos à pizzaria com tanta bagunça e fome, que até assustamos algumas pessoas... hehehe. Montamos uma mesa em forma de U e pedimos nossas bebidas e claro, umas 10 pizzas para começar. Eu estava morrendo de morre, e para o primeiro pedaço de pizza chegar até mim foi um martírio, mas tirei a barriga da miséria, eu comi 5 pedaços de pizza, e inclusive as de atum e calabresa, afinal, eu não como carne a quase 1 ano, mas a fome era tanta que comi carne assim mesmo, só depois agüentei uma azia durante a noite toda... ai, ui, ai. O ser humano pode sim viver tranqüilamente sem carne, mas isso é assunto para outra oportunidade, e claro, para outro site... (risos).
Aproximadamente às 23h voltamos para o hotel, felizes, satisfeitos e com a pança cheia. Eu fui logo para o meu quarto dormir, fora que estava muito frio e eu queria me esquentar. Alguns foram para quermesse que estava acontecendo na cidade, outros ficaram no hotel mesmo fazendo aquela saideira. Eu só me lembro de ter acordado no meio da madrugada sentindo calor, e foi aí que eu percebi que estava aquele silêncio típico de todos dormindo e sonhando com o pedal do dia seguinte.
Pedalar sem aquele café da manhã básico não rola, né? E o café do hotel estava gostosinho. Depois arrumei minhas coisas, enchi o camelback de água, peguei a bike e me juntei ao pessoal que já estavam também a postos para dar início à pedalada. O Sérgio foi o nosso guia. Nessa hora começou uma garoa, mas ninguém se desanimou não, vamos que vamos que a estrada está nos esperando!
Eu já pedalo com o CAB a quase 4 anos, aliás, eu comecei a pedalar com eles, e desde então não parei mais, e eles já acompanham a minha evolução na bike desde o início, assim como acompanhei a evolução do grupo nesses anos todos. Mas o que eu gostaria de dizer nesse período é que esta foi a trilha mais fácil que eu fiz com eles. Muito tranqüila. Descidas curtas, subidas curtas, muito boa para quem deseja se iniciar no pedal, e tão boa quanto para aqueles que já têm um condicionamento físico melhor, afinal, pedalar no meio da natureza com uma galera muito bacana, em qualquer trilha é sempre muito bom, não é mesmo? Eu tenho certeza que faria tudo de novo numa próxima oportunidade. E ai CAB, quando será? (risos).
Depois de 15 km paramos na tão desejada cachoeira, mas com a chuvinha que caiu durante o trajeto, só poucos malucos tiveram a coragem de entrar na água. Para estes eu tiro meu chapéu, que coragem! E claro, foi a hora do rango! E que rango! Isotônico, banana, maça, sanduíches, ameixa, suco, bolo de fubá, bolo de chocolate.... hum.... baum... nham... ui! Enquanto comíamos, colocávamos a conversa em dia, tirávamos fotos e ficávamos admirando o pessoal que estava nadando... Uma pena que não rolou a caminhada, pois segundo o Sérgio ia ser meio perigoso devido ao excesso de lama, enfim... fica para uma próxima, né? (insistindo...)
Todos de pança cheia, demos rumo ao trajeto de volta. Na ida a sensação era de algo longe, difícil, mas a volta foi mais rápida, e aparentemente mais curta, por que, né? Só me lembro que no meio do caminho de volta, em alguns momentos, a chuva apertou e eu mal conseguia abrir os olhos para chegar o caminho. Eu levei óculos de sol achando que eu poderia pedalar embaixo de um céu nublado ou totalmente azul e iluminado pelo Sol, mas conclusão, meu óculos ficou o tempo todo no meu pescoço, pode?...hahaha. Mas o mais incrível que possa parecer, ou melhor, é a Lei de Murphy, a chuva parou exatamente quando chegamos ao hotel, que coisa, né? Eu só sei que com chuva ou sem chuva, eu queria mesmo tomar um banho quente, pois eu tava morrendo de frio. E também pela primeira vez, a trilha acabou antes do previsto, por volta das 12 horas.
Depois de todos prontos e devidamente de banho tomado demos rumo a volta à São Paulo. Mas antes paramos no restaurante na beira da estrada para almoçarmos. Alguns comeram comida outros preferiram um lanchinho, o que foi o meu caso. Saímos mesmo de Miracatu lá pelas 15 horas. No caminho ficamos vendo as fotos que foram tiradas e depois um filme bem legal de freeride. Esses moleques fazem loucuras em cima de uma bike... ui! Dá até medo!
Chegamos a São Paulo por volta das 18h, com uma cidade cheia de trânsito e muito mais gelada e fria que em Miracatu. Eu só sei que muitos estavam apressados para irem embora, tanto, que quando eu percebi, nem havia me despedido deles, só de algumas pessoas.
Pois é, lá se foi outro final de semana maravilhoso, com pessoas muito bacanas (outras nem tanto), com o maravilhoso apoio do CAB, e claro, com a trilha linda, light e boa para completar o pacote.
Agora, eu queria dar uma sugestão: se rolar a próxima Trilha das Bananas, e se não estiver chovendo, vamos fazê-la também à noite? Tenho certeza que vai ser bacana, e uma aventura para quem não está acostumado a fazer trilha à noite. Aliás, é o meu caso, né?...ui....(insistindo, de novo... hehehe)

Abraços a todos.

veja mais no site do CAB: www.cab.com.br.