segunda-feira, 30 de maio de 2011

Será que agora é pra valer?



Hoje cedo, um pouco antes de eu sair de casa, ouvi o jornal (só não lembro se era o Bom dia SP ou Bom dia Brasil) dizer que vão multar as pessoas que jogarem lixo para fora de seus carros, mas eu gostaria de saber umas perguntas:

1) Por que multar somente agora? As pessoas fazem isso há anos!
2) Quem irá fiscalizar? Pelo o que eu li, vai ser a polícia metropolitana civil. (veja reportagem do Portal G1.)
3) Será que nós também podemos ajudar a fiscalizar essas ações hediondas?

Em relação a minha terceira pergunta é que eu vejo essa cena praticamente todos os dias, e até mesmo na esquina da rua da minha casa, sendo um bairro afastado do centro. 

Outro dia mesmo, eu vi um rapaz jogar um copo de plástico pela janela do seu lindo carro importado. Na hora eu disse bem alto: Que lindo hein!

Mas só isso não resolve!

Será que posso anotar a placa do carro, nome da rua, dia e horário que o ser imbecil cometeu tal ato para que o órgão competente o multe? Afinal, nunca saberemos quando isso irá acontecer, portanto, tirar uma foto dando flagrante será praticamente impossível.

Em alguns países europeus isso é possível. Na Alemanha se você não leva seu cachorro para passear, o vizinho pode te denunciar para polícia.

Acho que fazer o mesmo com essas pessoas mal-educadas seria uma forma de ajudarmos uns aos outros, afinal, gari é contratado para manter a cidade limpa e não para ficar limpando a sujeira dos outros, não é mesmo?


Boas Pedaladas!

domingo, 29 de maio de 2011

Afinal, o que é pé de vela?

Eu fiz uma brincadeira "linguística" com a peça pedivela que faz parte das bicicletas, afinal esse blog fala de ciclismo, mas não especificamente de bikes, mas de tudo um pouco sobre o assunto.

Mas para matar a sua dúvida, segue abaixo um texto retirado do site Wikipédia, explicando o que é um pedivela. E logo em seguida, algumas fotos para maior compreensão.

Pedivela é uma peça da bicicleta onde se encontra a coroa frontal. Existem dois tipos de pedivela: a que já vem acompanhada de coroa e a que não acompanha coroa. Possui vários tipos de tamanho, marcas e materiais.
Bicicletas normais possuem apenas uma coroa na frente, normalmente possui 40 dentes. Bicicletas BMX com marchas possuem três coroas na frente, 44, 32 e 22 dentes. Bicicletas de corrida, SPEED, possuem geralmente 52-38, chegando até possuir 58 dentes na catraca maior, direcionado para o público que pedala longas distâncias.
Você pode encontrar pedivelas feitas de aço, ferro, alumínio (vários tipos), titânio e carbono. Sendo o mais popular custando em média 25 reais e o mais caro do mercado até 1.300 reais (praticantes de downhill)




Boas Pedaladas!

sábado, 28 de maio de 2011

Caminhar na ciclovia? Tsc, tsc, tsc

Hoje, depois de 1 mês do meu acidente (queda de bike), finalmente fui dar uma volta pelo parque Villa Lobos, mas calma gente, eu caminhei, afinal, eu ainda não posso pedalar, e nem sou louca de me arriscar... eh... acho que sou sim... hehehe.

O triste é ver as pessoas usando a ciclovia para caminhar e correr. Lamentável.

Brasileiro quer ver as coisas corretas acontecendo, mas eles mesmo cometem seus próprios erros. Poxa vida, tem placas no parque avisando para não usar a ciclovia para caminhar ou correr, mas o pessoal insiste, como se essas placas não existissem.

Eu não vi nenhum ciclista usando a pista de corrida para pedalar, por que o inverso pode acontecer? Isso eu não entendo. Bem num parque localizado num dos bairros nobres de São Paulo. Será que quanto mais rica a pessoa é, mais burra ela fica? Porque noto que essas pessoas não sabem ler, ou não obedecem as leis.

Triste. Muito triste.


 Reparem na placa e a mulher correndo lá atrás.

 Olha ela aí correndo na ciclovia.

Vejam que está escrito que não é permitido caminhar ou correr.

Vejam outro babaca que não sabe ler.
 
 Mas nem tudo está perdido, tem gente que faz a coisa certa.

 Ciclovia é feita para ciclistas.

 Preciso comentar alguma coisa?

 Mais uma placa.

 Vejam: um correndo, e um casal passeando. Que lindo! QUE ÓDIO!

Caminhantes e corredores, se vocês querem respeito, tem que se fazerem ser respeitados, e não sejam idiotas, a ciclovia é feita para ciclistas, afinal, o próprio nome diz CI-CLO-VIA: CICLOVIA.

Se acontece o oposto, nós ciclistas usando a pista de corrida ou de caminhada, levamos a maior bronca,  repito: por que o contrário pode ocorrer?

Só Freud explica.

Boas pedaladas.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tropa Bike de Elite?

Essa é para deixar o Capitão Nascimento morrendo de inveja!

Ladrão, vai roubar uma bike lá na casa do car***********

Divirtam-se!


Boas Pedaladas!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que você quer mudar no mundo?

Você já parou para pensar em quê você poderia mudar em nosso planeta? Não, não estou falando em caso o mundo acabe amanhã ou em 2012, falo sobre o que você gostaria de ver amanhã, se tivesse esse poder de mudança. Por exemplo, você gostaria de ver menos poluição? menos animais sendo mortos? menos violência? menos trânsito? mais árvores? mais amor?

Eu gostaria apenas de ver isso:


Planet Bike from Planet Bike on Vimeo.


Boas pedaladas!

domingo, 22 de maio de 2011

Sexto dia: estou voltando pra casa, de vez!


Sexta-feira de manhã, eu liguei para minha mãe para saber como estavam as coisas quando o médico entrou no meu quarto:

- Você quer ter alta hoje? – perguntou.
- Claro! – respondi.
- Mas só te dou alta se você comprar uma tipóia.

Como já estava com a minha mãe ao telefone, eu disse a ela sobre a alta e sobre a compra da tipóia. O médico disse que já voltaria com a receita da compra da tipóia em alguns minutos.

Que alegria. Finalmente eu iria sair daquele hospital.

Nada contra a Santa Casa, mas eu queria mesmo a minha cama e a comida da minha mãe. Aliás, nunca fui tão bem atendida num hospital, como eu fui atendida pela Santa Casa. Eu tenho que agradecer a Deus todos os dias por isso, pois eu tive muita sorte, e um excelente atendimento, é claro.

A minha mãe chegou ao hospital por volta das 10h. Entreguei a receita a ela, e ela foi logo comprar a tipóia.

Já com a tipóia na mão, cadê o médico?

Entrou em cirurgia. Portanto, não podia me dar alta.

Foi aí que a minha mãe surtou de vez. Ela ficou tão nervosa que eu cheguei a ficar com vergonha. Tentei acalmá-la, mas nada adiantava.

Não tiro a razão dela, mas ficar nervosa não iria fazer o médico sair do centro cirúrgico e me dar alta.

Por volta das 18h a minha mãe resolveu ir embora. Ela estava muito cansada de esperar. Também pudera, 8 horas de espera é uó do boró godó, não?

Quando foi umas 20h o médico veio até meu quarto me dar alta.

Ah, me esqueci de dizer que quando o médico veio até meu quarto pela manhã, ele também veio refazer meu curativo e teve que espremer meu braço para tirar o sangue que poderia ficar parado, me dando consequências piores no futuro. Então podem já imaginar a minha dor. E à noite não é que ele fez isso de novo? Chorei feito criança.

A minha irmã foi me buscar, porque a minha mãe estava exausta. Mas antes de chegar em casa, nós paramos numa farmácia para comprar medicamentos e curativos.

Já em casa, eu tinha que dormir com a minha mãe, pois eu durmo em beliche e não tinha como subir na minha cama.

Finalmente eu estava em casa.

Passei 10 dias tomando antibiótico a cada 6 horas, e ainda tomo ferro em comprimidos para melhorar a anemia. Tenho comido muito arroz e feijão, além de salada de beterraba. Algumas vezes a minha mãe fez bife de fígado. Eca!

Iniciei a fisioterapia 10 dias depois da segunda cirurgia, e ainda não tirei os pontos. Isso deve acontecer amanhã. Tomara, pois os pontos atrapalham nos exercícios da fisioterapia.

Amanhã também volto a trabalhar. Ufa! Ficar em casa é bom, mas ficar em casa sem muito que fazer cansa ainda mais.

Resolvi comprar um complexo vitamínico para melhorar o cansaço, pois não voltei a fazer caminhadas como eu estava fazendo antes do acidente.

A minha recuperação está indo muito bem. Graças a Deus.


 Foto tirada no dia seguinta à minha alta.


 Essa será a cicatriz que eu terei...

Boas pedaladas, cuidado e sempre usem o capacete! ;-)

sábado, 21 de maio de 2011

Quinto dia: roubaram minha antena!


Terça e quarta-feira foram dias tranquilos para mim, com exceção a quantidade de remédios que eu tive que tomar, mas caminhei pelo hospital, e cheguei até tomar um pouco de sol. Na verdade, eu assisti muita televisão isso sim.

Nesse meio tempo, a minha colega de quarto, Sueli, fez sua cirurgia no pulso e teve alta logo em seguida. Depois tive a companhia de uma jogadora de vôlei profissional que quebrou o dedinho no treino. Ela levou uma bolada tão forte que fraturou o dedo e também precisava de cirurgia. Nossa, a garota tem apenas 19 anos, mas era tão grande que parecia um avatar. (risos)

Na terça-feira, um médico veio me visitar e disse que eu tiraria o fixador na quinta-feira ou na segunda-feira. Confesso que nesse momento eu entrei em pânico, eu não sabia se eu queria tirar aquilo do meu braço antes ou queria esperar mais um pouco, eu tava com medo de entrar na sala de cirurgia de novo, apenas tive que me conformar.

Entrei em jejum na quarta-feira às 22h, e enquanto isso eu esperava a jogadora de vôlei voltar da cirurgia, o que aconteceu somente às 1h30 da madrugada. Acho que só assim eu consegui dormir um pouco.

Às 5h30 da manhã a enfermeira, Suzi, me acordou para que eu pudesse tomar um banho. Fui sozinha tomar banho e lavei a cabeça com gosto, afinal, eu mal conseguia me lavar.

Quando voltei para o quando, a enfermeira disse que eu não poderia ter lavado a cabeça.

- Mas você não me disse nada! – respondi.
- Pois é, eu sei. – disse a enfermeira envergonha.

Ela saiu do quarto e segundos depois veio com um secador. Foi um dos momentos mais engraçados da minha estadia naquele hospital. O secador era tão velho que nem dá para descrever em palavras, só vendo mesmo.

- Nossa! Você vai levar três dias secando meu cabelo. – disse.
- Ah... não tire sarro porque isso aqui é doação. – a enfermeira respondeu.

Tive um pequeno momento de salão de beleza (risos), pois a enfermeira teve que secar meu cabelo, pois a minha cirurgia estava agendada para 10h.

No mesmo horário que estavam dando alta para jogadora de vôlei eu estava sendo levada para o centro cirúrgico. Eles marcam qual o braço deve ser operado, e os enfermeiros começaram a tirar sarro de mim dizendo que deviam trocar a marca para o outro braço, que não deviam me operar porque eu sou sãopaulina, essas coisas... Nessas horas a gente tem que rir um pouco para relaxar.

Já no centro cirúrgico foi aquela confusão. Não sabiam em qual sala eu ia ser operada, tinha anestesista que não sabia que ia me acompanhar... afe... fiquei até com medo de não ser operada de vez, mas essas coisas acontecem em qualquer lugar, até em hospital, né?

Assunto resolvido demos rumo à sala de cirurgia. Lá, a médica responsável disse que eu tinha que fazer o bloqueio do meu braço em outra sala.

Bloqueio significa anestesiar parte do meu corpo para não sentir dor nenhuma, mas para que isso aconteça, eles têm que pegar uma veia (acho eu) que fica perto da clavícula e dói para caralho, e mesmo com o calmante que me deram, eu vi vários médicos tentando achar essa veia, então me picaram várias vezes, e quando eu já estava para xingar um ali, um médico acertou o ponto. Ufa!

Eu tava tão grogue que eu não me lembro como cheguei à sala de cirurgia, mas lembro do anestesista pedindo para eu respirar fundo e eu não conseguia, quando ele pediu pela terceira vez, eu apaguei.

Quando acordei tinham umas três pessoas em volta de mim. Uma chegou a picar meu dedo e outra tirar sangue do meu braço esquerdo. De repente alguém volta com um saco para fazer a transfusão de sangue, foi aí que eu vi que iria receber sangue pelo meu pé direito. Meu braço esquerdo tava tão roxo devido a várias picadas, que o pessoal que me operou resolveu dar soro no meu pé. Como doía muito, eu tive que receber o sangue à conta gotas, aí demorou mais que o normal.

Eu já estava em pânico porque eu sabia que minha irmã estaria me esperando no quarto, pois assim que eu estava indo para o centro cirúrgico eu liguei para ela para avisar da cirurgia e ela iria me esperar no quarto durante o horário de visitar, que era das 14h às 15h, mas eu acho que saí da cirurgia por volta das 16h e como eu ainda tinha que esperar aquele sangue todo descer, eu não iria sair de lá tão cedo.

Quando eram 19h uma das enfermeiras que estavam lá, resolveu tirar o sangue quando ainda faltava pouco para acabar, pois ela via o meu sofrimento. Aquilo doía, parecia que a minha perna estava queimando. Ai, ui, ai...

Só que eu não podia ir embora, eu tinha que esperar algum médico me dispensar, mas todos voltaram a operar. Aquele dia mais parecia um mutirão de cirurgias, vi várias pessoas sendo operadas, e quando saí do quarto às 20h, tinha mais pessoas para serem operadas. Esses médicos são mesmo heróis.

A minha mãe tava à porta do centro cirúrgico toda desesperada, tadinha. A cara dela tava até branca. Ela me acompanhou até o quarto e eu queria ir ao banheiro de qualquer jeito, mas o enfermeiro, Gustavo, não deixou, e ele me trouxe a comadre. De novo? Isso ninguém merece!

Eu também estava morrendo de fome, e aproveitei para comer uns biscoitos que eu tinha na minha mochila, e aí a minha pressão subiu um pouco e comecei a ter dor de cabeça. Resolvi que eu precisava descansar.

O mais engraçado que meu braço tava completamente anestesiado, e eu só sabia que ele tava ali porque ele estava bem quente, pois parecia um braço morto, completamente sem vida. Mas onde estava a antena? Comigo mesma... (risos)

Antes de entrar na cirurgia eu conversei com a enfermeira que acompanharia minha cirurgia.

- O que vocês fazem com esses pinos? – perguntei.
- A gente joga fora.
- Poxa. Será que posso ficar com eles?
- Jura?
- Juro.
- Que legal – ela riu – ninguém nunca pede uma coisa dessas. Por que você quer isso?
- Eu quero de lembrança!
- Você é mesmo doidinha.
Eu apenas ri.

Olha o que estava em mim:



Continua...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma paradinha para ver o que é ser feliz

Pessoal,

Resolvi parar um pouco com meu depoimento sobre minha queda de bike e postar dois vídeos que mostram 3 cidades do planeta que utilizam a bike como meio de transporte.

Isso sim é ser feliz!

Sem trânsito, sem poluição, com a saúde boa, e ainda sem gastar praticamente nada!





Boas pedaladas!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Segundo dia: eu, meu braço e "uma antena"


Estava amanhecendo e eu nem tinha comido ainda após a cirurgia, então eu tava morrendo de fome, quando o enfermeiro Eduardo entrou no meu quarto para ver minha pressão e minha temperatura:

- Vocês não servem café, não? – perguntei.
- Você está com fome?
- Morrendo de fome. – disse.
- Só um minuto que eu vou ver se tem alguma coisa para você lá na cozinha.
Alguns segundos depois o enfermeiro voltou.
- A cozinha está fechada, mas eu trouxe meu pão com queijo que eu vou dividir com você.
- Não precisa, não. Eu espero até a hora do café.
- Não senhora, você disse que estava com fome, e vai comer.

Fiquei com dó do enfermeiro, porque deveria ser a única coisa que ele iria comer antes de acabar o turno dele, e pior ainda, o pão tava muito duro, e eu mal conseguia mordê-lo. (risos)

O pão até me aliviou um pouco, mas eu tava mesmo com vontade de comer um boi de tanta fome, mas o que me aliviou mais ainda foi poder ir ao banheiro, eu já estava cansada de usar a comadre, realmente, isso ninguém merece.

Ao ir ao banheiro aqueles pinos batiam nas coisas, e eu tinha que fazer manobra para fazer xixi, eu só ria sozinha, afinal, que situação!

Outra coisa que eu tava doida pra fazer era tomar um banho, mas soube que eu só poderia tomar banho somente depois das 13h, e nem eram 6 da manhã. Então, eu tentei dormir mais um pouco depois de conversar com a minha colega de quarto, Sueli, que caiu na rua e quebrou o pulso e estava esperando pela cirurgia desde quinta-feira, e nós estávamos na segunda-feira. Que sufoco.

Lá pelas 12h um dos meus alunos foi me visitar. Ele também é médico e estudou na Santa Casa. Ficamos conversando um pouco. Confesso que foi uma surpresa para mim, vê-lo lá me visitando.

Finalmente chegou a hora do banho, mas como eu não podia molhar o braço direito, eu praticamente tomei um banho de gato embaixo do chuveiro, pode? Acho que só limpei mesmo as partes íntimas e lavei o rosto. Credo!

Mal saí do banho minha irmã mais velha e minha mãe aparecem para me visitar e trouxeram mais roupas pra mim. A minha irmã mal chegou e quis tirar fotos do meu braço e ainda posei com ela e com a minha mãe. Hummm... isso vai para o Facebook, aposto!

Conversamos um pouco e logo elas foram embora. Mas antes disso, uma comissão de médicos residentes, mais o professor chefe, foi até o quarto avaliar o meu caso e o caso da Sueli, e foi quando o professor me disse que eu teria que ficar mais alguns dias com aqueles pinos e depois tirá-los para colocar uma placa.

Alguns dias? Quantos dias? Ai meu Deus!

Esqueci de perguntar!

Como o hospital tava sem travesseiros eu tive que pedir por alguns lençóis para colocar embaixo do braço direito, porque carregar aqueles pinos era pesado demais, e os lençóis me serviam de apoio até para dormir.

Aliás, dormir foi horrível, porque eu tinha que dormir de barriga pra cima o tempo todo, ou seja, eu acordava o tempo todo durante a noite. Horrível.

O resto do dia foi assistir TV, comer, ir ao banheiro, cochilar, essas coisas...

 eu e minha irmã

 eu e minha mãe


 e olha o estado que ficou o meu MP3...




Continua...

domingo, 15 de maio de 2011

O primeiro dia: a queda


Poderia ter sido um domingo qualquer, mas aconteceu num domingo de Páscoa.

Saí de casa cedo, pois eu tinha combinado de encontrar um colega no Parque das Bicicletas às 8h15. No meio do caminho ele me enviou um torpedo que iria se atrasar, então aproveitei para conversar com uma amiga que estava ajudando na ciclofaixa.

Quando encontrei o colega, fomos pelo parque Ibirapuera, porque eu queria mostrar outro caminho para ele para chegar até a av. Paulista. Já na avenida ele me perguntou se eu já havia tomado café, então eu sugeri apresentá-lo a Frutaria Paulista, pois ele também não a conhecia. Ele comeu umas esfihas e tomou café, e eu tomei um delicioso açaí com pedaços de manga. Delícia!

Por volta das 10h saímos rumo ao minhocão, pois era outro trajeto que ele não conhecia. Mal entramos no minhocão e cerca de uns 300 menos, eu acho, o guidão da minha mãe bike escapou da minha mão, ficou fazendo zigue-zague, e quando me dei por mim, lá estava eu no chão, batendo fortemente meu braço direito.

Lembro-me muito bem de ter ido com a cara no chão, e se não fosse pelo capacete, acho que teria quebrado o nariz, ou coisa pior. O capacete realmente pode salvar sua vida, portanto, nunca deixe de usá-lo.

Senti uma dor esquisita, mas eu não conseguia distinguir da onde vinha. Mexi o ombro direito preocupada em ter fraturado a clavícula, mas vi que estava tudo bem com ela, foi quando uma mulher que passeava com um cachorro que veio me dizer que eu havia quebrado o braço e pelo sangue que saía deveria ser fratura exposta.

Comecei a sentir que o elástico que segurava meu aparelho de MP3 estava apertando meu braço e pedi para o colega cortar meu casaco para poder tirar o aparelho. Fazia um pouco de frio nesse dia, chegou até a garoar, por isso eu estava usando um casaco de frio. Foi quando ele viu o tamanho do estrago que estava meu braço, e o aparelho de MP3 totalmente destruído. Também pudera, se eu quebrei o braço, o aparelho só poderia ficar destruído.

Outro rapaz que caminhava pelo local chamou o resgate, e o colega queria ligar para minha mãe. Pedi para ele esperar eu chegar ao hospital a fim de não deixar a minha mãe preocupada.

O regaste chegou super rápido e logo começou os primeiros socorros, e foi aí que eles perguntaram se eu estava com algum documento, e não tive outra saída a não ser que ligassem para minha mãe para levar meus documentos até o hospital. O resgate me levou para o hospital Santa Casa, pois era o mais perto da região.

O atendimento da Santa Casa foi também super rápido. Quando eu me vi já estava rodeada de enfermeiras e médicos, e foi nesse momento que eu senti a pior dor da minha vida. Uma médica pegou o meu braço e esticou para ver a fratura exposta, e quase morri de tanta dor. E ao mesmo tempo duas enfermeiras tentavam, sem sucesso, pegar uma veia minha no braço esquerdo. Eu tenho as veias muito finas, e sempre fico roxa ao fazer exames de sangue, e dessa vez eu iria ficar com o braço preto... (risos)

Logo em seguida outro médico, Dr. Jan William, me levou para fazer o raio-x. Meu Deus, a dor era tanta que eu arranhava a barriga do cara que ajudava o médico a fazer o raio-x do meu braço.

Quando estava saindo da sala de raio-x a minha mãe, coitada, estava me esperando do lado de fora, toda preocupada, e eu, apesar de tudo, estava super calma.

Voltei ao PS, pois ainda tinha que fazer ultrassom para ver não havia acontecido nada com meus órgãos internos, já que nenhum outro osso havia quebrado. Graças a Deus.

O médico me acompanhou até o ultrassom e, graça a Deus, não havia nada de errado comigo.

Nesse ínterim todo, vários enfermeiros tiraram sangue do meu braço direito, enquanto o esquerdo sangrava muito. Teve um momento que tiveram que circular comigo por fora do hospital, e as pessoas que me viram, muito provavelmente pensaram que eu havia levado um tiro no braço, devido a quantidade enorme de sangue em minha maca.

O médico me levou para colocar meia tala no meu braço e aí foi um dos piores momentos do dia. Eu ficava o tempo todo segurando meu braço com a mão esquerda, e nesse momento, a minha mão escapou, meu braço direito caiu para o outro lado, que dor, e que medo.

Não me lembro de muita coisa depois disso, mas lembro quando me levaram para sala de cirurgia.

Fiquei boa parte do tempo da cirurgia consciente e ouvi praticamente tudo: furadeira, martelo, vozes, etc.

Quando acordei, eu estava com um fixador no meu braço. Aqueles pinos que colocam para não poder movimentar o braço, até esperar que ele fique menos inchado.

Já no quarto, vi minha mãe e minha irmã mais velha, mas eu estava tão grogue que me lembro de pouco coisa, mas logo em seguida o Dr. Jan William veio até mim pedindo que eu mexesse os dedos, e como o braço tava tão anestesiado, que mexer qualquer dedo naquele momento era impossível. Ele saiu do quarto e menos dois minutos depois, uma enfermeira voltou dizendo que o médico havia solicitado uma tomografia. Meu Deus, eu queria descansar, e ainda teria que fazer uma tomografia? E lá fui eu. E quase que não foi possível fazer a tomografia, devido ao fixador que estava em meu braço. Eu tive que ficar de lado, sentindo dor pelo corpo todo, mas não reclamei, eu só queria mesmo voltar para cama pra tentar dormir.

E finalmente eu tive um pouco de sossego.

O resgate.

 A fratura

 
 Os pinos (fixador)


Continua...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

AVISO AOS LEITORES: ausência temporária

Olá, pedalantes.

Este blog ficará um tempo sem ser atualizado, pois no domingo de páscoa eu caí da bike, tive uma fratura exposta no braço direito, e como não sou canhota, fica muito difícil e lento digitar com a mão esquerda.

Assim que tudo começar a melhorar voltarei a escrever aqui, e nem parar de pedalar... hehehe.

vejam a foto do meu braço quebrado..

ah.... o capacete salvou a minha vida, portanto, use-o sempre.

boas pedaladas.